Bioeconomia: Oportunidades de Crescimento Sustentável para Empresas e Sociedade

A bioeconomia pode ser considerada um movimento transformador, com um impacto profundo na sustentabilidade e no futuro do planeta.

Nos últimos anos, a busca por soluções sustentáveis e inovadoras tem ganhado destaque em diversas áreas, principalmente quando se trata de economia e meio ambiente. Dentro desse contexto, a bioeconomia surge como um modelo promissor, integrando o uso responsável dos recursos biológicos com o desenvolvimento econômico.

Mas afinal, o que é bioeconomia e por que ela é tão importante para indivíduos, empresas e o meio ambiente?

O que é Bioeconomia?

A bioeconomia trata-se de uma abordagem inovadora e sustentável que utiliza recursos biológicos, como plantas, animais e microorganismos, de forma sustentável e renovável para produzir alimentos, energia, produtos industriais e até medicamentos.

Esse conceito significa mais do que a simples exploração desses recursos, pois envolve o uso de tecnologias avançadas e inovadoras, como a biotecnologia, para criar produtos e processos mais eficientes e com menor impacto ambiental.

É a integração de ciência, tecnologia e práticas socioeconômicas para aproveitar de forma inteligente e responsável o potencial da natureza.

A Importância da Bioeconomia

 Para as Pessoas

A bioeconomia tem o potencial de transformar a vida das pessoas de diversas formas. Por meio dela, é possível criar novos empregos, inclusive os chamados “empregos verdes”, em setores emergentes, como biotecnologia, agricultura sustentável e produção de biocombustíveis. Além disso, o desenvolvimento de produtos mais saudáveis e sustentáveis, como alimentos orgânicos e medicamentos derivados de plantas, pode melhorar significativamente a qualidade de vida.

Para as Empresas

As empresas que adotam práticas de bioeconomia podem se destacar no mercado, atendendo à crescente demanda por produtos sustentáveis e de baixo impacto ambiental. Esse modelo também oferece oportunidades para a inovação, permitindo que as empresas criem novos produtos e processos mais eficientes, reduzindo custos e aumentando a competitividade.

Para o Meio Ambiente

Um dos principais benefícios da bioeconomia é a sua capacidade de reduzir o impacto ambiental. Ao utilizar recursos renováveis e promover a economia circular, esse modelo econômico contribui para a conservação dos ecossistemas, a redução das emissões de gases de efeito estufa e a diminuição da dependência de combustíveis fósseis.

Oportunidades Geradas pela Bioeconomia

A bioeconomia abre um vasto leque de oportunidades em diversas áreas. No setor agrícola, por exemplo, ela permite o desenvolvimento de práticas mais sustentáveis, como a agricultura de precisão e o uso de biofertilizantes.

Na indústria, a bioeconomia promove a criação de bioplásticos e outros materiais biodegradáveis, que são alternativas aos plásticos convencionais.

O setor energético se beneficia com a produção de biocombustíveis e bioenergia, reduzindo a dependência de fontes não-renováveis.

Desse modo, a bioeconomia representa uma mudança de paradigma na forma como utilizamos os recursos naturais e geramos valor econômico. Ao integrar sustentabilidade e inovação, esse modelo beneficia o meio ambiente ao mesmo tempo que oferece oportunidades para o desenvolvimento social e econômico.

Empresas, governos e indivíduos que abraçam a bioeconomia estão investindo em um futuro mais sustentável e próspero para todos.

Esse é o momento de olhar para o futuro e explorar as possibilidades que a bioeconomia tem a oferecer.

Resíduos Industriais: Entenda o que são, seus Impactos e a Importância do Gerenciamento Adequado

Os Resíduos Industriais são um dos maiores desafios ambientais que enfrentamos atualmente. Com o avanço da industrialização, a geração de resíduos tem aumentado significativamente, trazendo à tona a necessidade de entender, gerenciar e tratar esses resíduos de forma adequada.

Neste texto, vamos explorar o que são resíduos industriais, os possíveis impactos ambientais, os tipos de resíduos gerados, suas classificações segundo a norma NBR 10.004/04, e a importância do gerenciamento adequado para a proteção do meio ambiente e da sociedade.

 

O que são Resíduos Industriais?

Resíduos industriais são subprodutos, como dejetos, sobras ou restos, gerados durante processos de fabricação, transformação, manutenção, limpeza ou qualquer atividade industrial.

Esses resíduos podem ser sólidos, líquidos, gasosos ou uma combinação desses, e variam de acordo com o tipo de indústria e os processos utilizados.

 

Impactos Ambientais dos Resíduos Industriais

Os resíduos industriais podem causar diversos impactos ambientais se não forem gerenciados adequadamente. Entre os principais impactos, destacam-se:

  • Contaminação do solo e da água – resíduos líquidos ou sólidos mal gerenciados podem infiltrar no solo e alcançar lençóis freáticos, contaminando solo e fontes de água potável;
  • Poluição atmosférica – emissões gasosas liberadas por indústrias podem contribuir para a poluição do ar, afetando a qualidade do ar e a saúde humana, contribuindo para o efeito estufa (gases de efeito estufa – GEE);
  • Degradação da biodiversidade – a presença de resíduos tóxicos no meio ambiente pode afetar a fauna e a flora, causando desequilíbrio nos ecossistemas;
  • Acúmulo de resíduos – o descarte inadequado de resíduos sólidos industriais pode levar à formação de lixões, contribuindo para a degradação ambiental e problemas sanitários.

 

Tipos de Resíduos Industriais

Os resíduos industriais podem ser classificados em três categorias principais:

Resíduos Sólidos
São materiais descartados na forma sólida, como plásticos, metais, papel, borracha e restos de materiais de construção. Esses resíduos podem ser recicláveis ou não recicláveis, e seu gerenciamento adequado é essencial para evitar o acúmulo e a contaminação do solo.

Resíduos Líquidos
Incluem efluentes líquidos gerados por processos industriais, como águas residuais, óleos, solventes e substâncias químicas. Esses resíduos precisam ser tratados antes de serem descartados para evitar a poluição do solo e de corpos d’água.

Resíduos Gasosos
São emissões gasosas liberadas por processos industriais, como dióxido de carbono (CO2), óxidos de nitrogênio (NOx) e compostos orgânicos voláteis (COVs). A poluição atmosférica resultante dessas emissões pode ser controlada por meio de sistemas de filtragem e tecnologias de redução de emissões.

 

Classificação dos Resíduos Industriais (NBR 10.004/04)

A norma NBR 10.004/04, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), classifica os resíduos industriais em duas classes principais, de acordo com o seu grau de periculosidade (considerando suas características de toxicidade, corrosividade, reatividade, inflamabilidade e patogenicidade) e levando em consideração seus aspectos (como estado físico, grau de heterogeneidade, cor, processo industrial, processo de origem e principal constituinte).

Classe I – Resíduos Perigosos
São aqueles que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente devido às suas características tóxicas, inflamáveis, corrosivas, reativas ou patogênicas. Exemplos incluem resíduos químicos, baterias, resíduos hospitalares e solventes.

Classe II – Resíduos Não Perigosos
Essa classe subdivide-se em dois grupos:

  • Classe II A – Não Inertes – são resíduos que não se enquadram na categoria de perigosos, mas podem sofrer biodegradação, combustão ou solubilização, como papel, madeira e resíduos alimentares;
  • Classe II B – Inertes – são resíduos que não se degradam, não reagem quimicamente e não afetam outros materiais, como vidros, metais e materiais de construção.

 

Importância do Gerenciamento Adequado de Resíduos Industriais

O gerenciamento adequado dos resíduos industriais é fundamental para minimizar os impactos ambientais e proteger a saúde pública. As indústrias precisam adotar práticas sustentáveis de gestão de resíduos, pois, além da melhora para o meio ambiente e para a sociedade, esses processos podem gerar novas oportunidades de negócio, como o tratamento e transformação desses resíduos em Energia Renovável (biogás/biometano).

Abaixo algumas práticas recomendadas:

  • Redução na fonte – implementar processos mais eficientes para minimizar a geração de resíduos;
  • Reciclagem e reutilização – promover a reciclagem e a reutilização de materiais sempre que possível;
  • Tratamento de resíduos – utilizar tecnologias adequadas para tratar resíduos perigosos e não perigosos antes do descarte;
  • Descarte correto – garantir que o descarte final dos resíduos seja feito de acordo com as regulamentações ambientais, evitando a contaminação do meio ambiente.

 

Regulamentação Relevante

Abaixo, listamos para você algumas regulamentações referentes à gestão de resíduos e/ou ao setor industrial que devem ser acompanhadas.

Leis

  • Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (art. 17), regulamentos e alterações
  • Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, regulamentos e alterações

Resolução

Instrução Normativa

 

O gerenciamento adequado dos resíduos industriais é essencial para garantir a sustentabilidade ambiental e a saúde pública, além de ser um critério cada vez mais importante para o consumidor final, resultando em vantagem competitiva.

Ao entender os tipos e classificações dos resíduos, as indústrias podem implementar práticas de gestão mais eficazes, contribuindo para a preservação do meio ambiente, para o bem-estar da sociedade e para um futuro melhor.

Conte com a Weber Ambiental, como seu responsável técnico habilitado, no gerenciamento eficaz dos seus resíduos industriais.

O que é o Mercado de Carbono? Conheça essa Ferramenta de Combate às Mudanças Climáticas

O Mercado de Carbono tem ganhado destaque como uma das estratégias mais importantes para reduzir as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e mitigar os impactos das mudanças climáticas, pois viabiliza que empresas, governos e indivíduos reduzam suas emissões de GEE de maneira economicamente eficiente. Neste artigo, vamos explorar o que é o mercado de carbono, como ele funciona, a importância desse mercado e os benefícios que ele traz para as pessoas, para as empresas e para o meio ambiente.

 

O que é o Mercado de Carbono?

O mercado de carbono é um sistema econômico que visa reduzir as emissões de GEE, como o dióxido de carbono (CO₂), através da comercialização de créditos de carbono. Cada crédito representa uma tonelada de dióxido de carbono (CO₂) que foi removida da atmosfera ou não emitida. O conceito é simples: entidades que conseguem reduzir suas emissões abaixo de um determinado limite podem vender suas reduções excedentes na forma de créditos de carbono para outras entidades que não conseguem cumprir seus próprios limites de emissão. Ou seja, empresas, governos ou outras entidades podem vender ou comprar créditos para compensarem suas próprias emissões.

 

Tipos de Mercado de Carbono e Como Funcionam

Existem dois principais tipos de mercados de carbono: os mercados regulados (cap-and-trade) e os mercados voluntários.


Mercados Regulados (Cap-and-Trade)

Nos mercados regulados, governos ou autoridades estabelecem um limite (cap) para as emissões de GEE em um setor específico ou em toda a economia. As entidades recebem ou compram permissões de emissão (créditos de carbono) que lhes permitem emitir uma quantidade específica de GEE. Se uma entidade reduz suas emissões abaixo do limite, ela pode vender os créditos excedentes para outras entidades que estão acima do limite. Exemplos incluem o Sistema de Comércio de Emissões da União Europeia (EU ETS) e o Programa de Limite e Comércio de Emissões da Califórnia.


Mercados Voluntários

Os mercados voluntários são destinados a entidades que não são obrigadas por lei a reduzir suas emissões, mas que desejam voluntariamente compensar suas emissões de GEE. Esses créditos geralmente vêm de projetos que reduzem ou sequestram GEE, como iniciativas de energia renovável, reflorestamento ou conservação de florestas. Empresas e indivíduos podem comprar créditos de carbono para melhorar sua imagem de sustentabilidade ou cumprir metas internas de redução de emissões.


A Importância do Mercado de Carbono

O mercado de carbono desempenha um papel de destaque na mitigação das mudanças climáticas e no controle da temperatura global por várias razões:

1. Redução de Emissões: ele incentiva financeiramente a redução das emissões de GEE, promovendo a adoção de tecnologias e práticas mais limpas;
2. Inovação: estimula a inovação tecnológica ao criar demanda por soluções de baixo carbono;
3. Investimentos Verdes: atrai investimentos para projetos de energia renovável e conservação, fortalecendo a economia verde;
4. Cumprimento de Metas: ajuda países e empresas a cumprirem suas metas de redução de emissões estabelecidas em acordos internacionais, como o Acordo de Paris.

 

Os Benefícios do Mercado de Carbono

O mercado de carbono viabiliza diversos benefícios para as pessoas, para as empresas e para o meio ambiente.

Para as Pessoas
O mercado de carbono contribui para a melhoria da qualidade do ar e da saúde pública ao reduzir as emissões de poluentes atmosféricos. Além disso, os projetos de redução de emissões, como reflorestamento e energias renováveis, muitas vezes criam empregos verdes e oportunidades econômicas para as comunidades locais.

Para as Empresas
As empresas se beneficiam do mercado de carbono ao obter uma vantagem competitiva por serem mais sustentáveis. Reduzir as emissões pode resultar em economias de custo e aumento da eficiência energética. Além disso, empresas que participam do mercado voluntário de carbono podem melhorar sua reputação e atrair consumidores conscientes do impacto ambiental.

Para o Meio Ambiente
Os benefícios ambientais do mercado de carbono são significativos. Reduzir as emissões de GEE ajuda a limitar o aquecimento global e mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos, protegendo ecossistemas e biodiversidade. Projetos financiados pelo mercado de carbono, como conservação de florestas e rios e restauração de habitats, contribuem diretamente para a preservação de ecossistemas vitais.

O mercado de carbono é uma ferramenta poderosa para combater as mudanças climáticas, promovendo a redução de emissões de GEE e incentivando práticas mais sustentáveis. Ao entender como ele funciona e como ele pode impactar positivamente nosso planeta, podemos apoiar sua expansão e eficácia.

Com a participação de empresas, governos e indivíduos, podemos alcançar um futuro mais limpo e saudável para nós e para as próximas gerações.

Gestão de Resíduos Sólidos: Transformando Desafios em Oportunidades

A Gestão de Resíduos Sólidos (GRS) é um conjunto de ações e procedimentos que visam o manejo adequado dos resíduos gerados pelas atividades humanas (em processos industriais, comerciais ou de prestação de serviços), desde a sua geração até a sua disposição final.

Abrange desde a coleta e transporte até o tratamento, reutilização, reciclagem e disposição final ambientalmente segura.

Qual é a importância da Gestão de Resíduos Sólidos?

A geração desenfreada de resíduos representa um problema ambiental e social de grande impacto. O descarte inadequado em aterros sanitários gera diversos impactos negativos, como:

  • Contaminação do solo e da água – percolação do chorume (líquido tóxico gerado pela decomposição dos resíduos) contaminando os recursos hídricos e o solo;
  • Emissão de gases de efeito estufa – decomposição anaeróbica dos resíduos em aterros libera metano, um gás com alto potencial de aquecimento global;
  • Proliferação de doenças – acomodação inadequada de resíduos atrai vetores de doenças, como mosquitos e ratos;
  • Ocupação do solo – aterros sanitários ocupam grandes áreas, comprometendo o uso do solo para outras atividades.

É por isso que a GRS é tão importante, pois pode prevenir e mitigar muitos dos pontos citados acima.

A correta Gestão de Resíduos Sólidos pode melhorar os resultados do seu negócio

A GRS vai além da resolução de problemas ambientais, abrindo portas para oportunidades de negócio. Uma boa gestão pode gerar:

  • Redução de custos – diminuição de gastos com coleta, transporte e disposição final de resíduos;
  • Novas fontes de receita – através da venda de materiais recicláveis, geração de energia a partir de resíduos, desenvolvimento de produtos a partir de materiais reciclados.
  • Melhoria da imagem da empresa – demonstra compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
  • Aumento da competitividade – atrai clientes e parceiros que valorizam práticas sustentáveis.
  • Conformidade legal – atendimento à legislação ambiental vigente, evitando multas e sanções.

Transforme Resíduos em Energia Limpa através do Aproveitamento Energético e Gaseificação

O aproveitamento energético de resíduos consiste na conversão dos resíduos em energia, como eletricidade ou calor. Já a gaseificação é um processo termoquímico que converte resíduos em um gás sintético (syngas), que pode ser utilizado como combustível (GNV ou biometano) ou matéria-prima para diversos produtos.

Essas tecnologias oferecem soluções inovadoras para a gestão de resíduos, transformando um problema em uma oportunidade de novos negócios na área de geração de energia limpa e sustentável.

Juntos, podemos construir um futuro mais sustentável!

Nós, da Weber Ambiental, acreditamos que a GRS é um investimento fundamental para o futuro do planeta e das empresas. Através da gestão adequada dos resíduos sólidos, podemos reduzir os impactos ambientais, gerar novas oportunidades de negócio e construir um futuro mais verde e sustentável para todos, combatendo os maiores problemas ambientais da atualidade.

Entre em contato conosco e saiba como podemos te auxiliar na implementação de uma GRS eficiente e sustentável em sua empresa.

Poluição da Água

Poluição da Água: o que é, causas, fontes e tipos

Poluição da Água

 

A água é fundamental para todas as formas de vida. Por isso, entender as causas, tipos, consequências e soluções para a poluição da água é relevante para todos, mas principalmente para quem atua em áreas relacionadas às questões ambientais.

Imprescindível para a nossa sobrevivência, a água representa por volta de 70% da massa do corpo humano. Podemos sobreviver por até 50 dias sem nos alimentar, mas não é possível viver mais de 4 dias sem água potável.

E não é só isso. Ela é parte fundamental também para a produção de alimentos, de energia e de bens industriais de diversos tipos. Assim, temos que fazer de tudo para evitar e tratar a sua poluição, em todas as esferas da sociedade.

 

Poluição da Água: o que é?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), água contaminada/poluída é aquela que sofre alterações em sua composição até ficar inutilizável, não podendo ser bebida ou usada em atividades essenciais, ou seja, contaminada por elementos físicos, químicos e/ou biológicos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana.

 

Quais são as principais causas e fontes de Poluição da Água?

As causas da poluição podem estar relacionadas a fatores naturais, mas é muito mais comum ser oriundas de atividades humanas e de suas consequências, conforme abaixo.

Lixos e efluentes de águas fecais
Águas residuais despejadas no mar e rios sem depurar.

Atividades agrícolas, pecuárias e industriais
Os produtos químicos destes setores despejados de forma irregular são uma das principais causas da eutrofização da água.

Desmatamento
O corte de árvores pode gerar resíduos orgânicos que servem de caldo de cultura para bactérias contaminantes e esgotar as fontes hídricas.

Derramamento de combustível
Filtrações de petróleo e seus derivados durante transporte ou armazenamento podem chegar às fontes de água.

Tráfego marítimo
A maior parte dos plásticos poluentes procedem de barcos pesqueiros, petroleiros e de transporte de mercadorias.

Aquecimento global
O aumento da temperatura esquenta a água, provocando uma diminuição de seu nível de oxigênio.

As fontes humanas de poluição da água são separadas em duas categorias, dependendo da origem do poluente.

Fontes pontuais
Individuais e facilmente identificadas, como um encanamento ou uma vala. Por exemplo, o lançamento dos poluentes de uma fábrica diretamente na água.

Fontes não pontuais
Também chamadas de fontes difusas, não são relacionadas a um ponto de lançamento ou de geração específica, portanto o controle e a identificação são difíceis. Podemos dar como exemplo a infiltração de agrotóxicos no solo, o descarte incorreto de substâncias prejudiciais ao meio ambiente ou o descarte de lixo e o lançamento de esgoto diretamente nos córregos.

 

Quais são os tipos de Poluição da Água?

Podemos destacar quatro tipos de poluição da água, conforme abaixo.

Poluição Química
A mais comum e conhecida. Pode ser acidental ou intencional. É a contaminação ambiental originada pelo despejo ou aplicação de produtos químicos em determinada área, que vão parar nos corpos hídricos. Duas das formas mais comuns de contaminação são os despejos de produtos químicos de indústrias em rios, lagos ou na rede de esgoto, sem o tratamento adequado, e a ocorrência de poluição na zona rural por uso de agrotóxicos (resultante de atividades agrícolas). Já os poluentes químicos mais comum são: fertilizantes agrícolas, agrotóxicos, esgoto de atividades domésticas e industriais, compostos orgânicos sintéticos, plásticos e metais pesados. A dificuldade, o tempo necessário e o custo de descontaminação são os maiores problemas com a poluição química.

Poluição Sedimentar
Os sedimentos são o tipo de poluição mais comum nos corpos d’água. São formados pelo acúmulo de partículas em suspensão. Podem ser oriundos do solo pelo processo de erosão, desmatamento e extração de minérios, ou provenientes de produtos químicos insolúveis que adsorvem e concentram os poluentes biológicos e químicos.

Poluição Biológica
Ocorre com a introdução de detritos orgânicos, que podem ser direcionados à água ou se infiltrarem nos solos, atingindo lençóis freáticos. Alguns exemplos são restos de alimentos, fezes humanas e detergentes. Com a alta concentração de nutrientes gerados pela degradação dos compostos orgânicos, ocorre a eutrofização (proliferação de algas que impedem a passagem da luz na superfície). Esses detritos também contém micro-organismos patogênicos, como bactérias, vírus e protozoários, provenientes principalmente dos resíduos humanos.

Poluição Térmica
Provavelmente, a menos conhecida, pois não é visível e ocorre quando há variação de temperatura de um meio de suporte de algum ecossistema (como um rio, por exemplo), causando impacto direto nesse ecossistema, como a redução dos níveis de oxigênio na água.

Todo tipo de poluição requer planejamento, estudos e análises adequados, feitos por profissionais técnicos habilitados, para gerenciamento, remediação ou mitigação efetiva.

Por isso, uma gestão eficiente faz valer a máxima: prevenir é melhor do que remediar!

E, se precisar de um Responsável Técnico Habilitado, fale com a gente.

RAPP-RelatórioAtividadesPotencialmentePoluidoras

RAPP (Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais): o que é, sua importância e data de entrega anual

RAPP-RelatórioAtividadesPotencialmentePoluidoras

 

O RAPP (Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais) é um documento composto por formulários eletrônicos, divididos por temas específicos. O número e os tipos de formulários a serem preenchidos variam em função das atividades exercidas e registradas no CTF/APP da empresa.

Ele é um documento importante para as ações ligadas à gestão ambiental do negócio, assim como para o controle e fiscalização dos órgãos ambientais.

Esse documento é uma obrigação acessória à Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA), definido na Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6.938/81, art. 17-C, § 1º), e deve ser entregue anualmente até o dia 31 de março de cada ano, por pessoas físicas e jurídicas que exercem atividades do Anexo VIII, da Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981.

Nele deverão constar os dados referentes ao exercício da atividade no período de 1° de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior.

ATENÇÃO: não confunda com o RAPP com o RAP (Relatório Ambiental Preliminar)!

Saiba mais sobre o RAPP acessando: https://www.gov.br/pt-br/servicos/entregar-o-relatorio-anual-de-atividades-potencialmente-poluidoras-e-utilizadoras-de-recursos-ambientais

 

Como imprimir e consultar o RAPP?

Para quem tem que apresentar o RAPP, o IBAMA disponibiliza uma ferramenta que permite que os dados preenchidos em formulários eletrônicos do RAPP sejam impressos em formato PDF ou CSV pelos declarantes.

Antes dessa ferramenta, depois que o relatório era enviado não era possível checar ou coletar as informações encaminhadas.

A funcionalidade é operada de forma análoga ao recibo do Imposto de Renda (IR): um recibo pode ser impresso com as informações declaradas.

Para informações sobre essa ferramenta, acesse: https://www.gov.br/ibama/pt-br/assuntos/notas/2022/ibama-disponibiliza-ferramenta-inedita-de-impressao-do-rapp

 

Lembre-se de que, para cada tipo de atividade potencialmente poluidora, há formulários e dados específicos que devem ser monitorados e relatados.

Portanto, se você precisa apresentar o RAPP, fique atento! O prazo final para a sua entrega é o dia 31 DE MARÇO.

E, se precisar de um Responsável Técnico Habilitado, fale com a gente.

 

Aproveitamento Energético de Resíduos

Aproveitamento Energético de Resíduos Industriais: o que é e quais são as vantagens?

Aproveitamento Energético de Resíduos

 

 

Gerir melhor os seus resíduos e transformá-los em subprodutos é uma realidade para um número cada vez maior de empresas. Um dos métodos recomendados é o Aproveitamento Energético de Resíduos. Mas afinal, o que é e quais são os seus benefícios?

O Aproveitamento Energético de Resíduos consiste em capturar a energia contida nos resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, evitando que se tornem ‘apenas lixo’ ou uma questão ambiental mais séria, quando descartados de modo errado.

Há diferentes meios para extrair energia dos resíduos. Abaixo, citamos alguns deles.

– Gaseificação
Resíduos sólidos são transformados em gás sintético, que pode ser utilizado para gerar energia.

– Biometanização
Resíduos orgânicos, como restos de alimentos, são decompostos por microrganismos, gerando biogás rico em metano (biometano), uma valiosa fonte de energia.

 


Clique e assista ao vídeo que fizemos sobre “Gestão de Resíduos Sólidos – Gaseificação e Bioaceleração”.

 

– Incineração
Resíduos sólidos são queimados controladamente, convertendo o calor gerado em eletricidade ou calor útil para processos industriais.

– Recuperação de Calor
Processos industriais liberam calor, muitas vezes desperdiçado. O Aproveitamento Energético recupera esse calor para geração de eletricidade ou aquecimento.

Desse modo, essa metodologia é a solução perfeita para o ‘descarte adequado’ de resíduos.

 

Importância para a Sociedade e para o Meio Ambiente

Além dos benefícios diretos para a empresa, o aproveitamento energético de resíduos proporciona vantagens para a sociedade e para o meio ambiente também.

– Geração de Empregos
O aproveitamento energético cria oportunidades de trabalho em setores como coleta seletiva, manutenção de plantas de processamento e pesquisa tecnológica.

– Sustentabilidade
Reduz a dependência de combustíveis fósseis, mitigando as emissões de gases de efeito estufa e contribuindo para a transição para fontes de energia mais limpas.

– Eficiência Energética
Ao transformar resíduos em energia, maximizamos o uso de recursos e reduzimos a pegada de carbono.

– Economia Circular
A prática integra-se à economia circular, onde resíduos tornam-se recursos, fechando o ciclo de vida dos materiais.

 

Ou seja, explorar o potencial do Aproveitamento Energético de Resíduos é um passo crucial para um futuro mais sustentável.

E as empresas que aderem a esse tipo de projeto também melhoram seus resultados e descobrem novas oportunidades de negócios.

Outorga para Recursos Hídricos: quando solicitar?

 

Os recursos hídricos são bens públicos, e para utilizá-los, é necessário obter uma outorga do Poder Público.

Se uma pessoa física ou jurídica quiser fazer uso das águas de um rio, lago ou mesmo de águas subterrâneas, terá que solicitar uma autorização, concessão ou licença ao Poder Público, chamada de OUTORGA.

A outorga é emitida pelo DAEE em São Paulo, por intermédio do Decreto Estadual nº 41.258/96, de acordo com o artigo 7º das disposições transitórias da Lei Estadual nº 7.663/91.

Na outorga define-se como o recurso pode ser usado, limitando a captação e estabelecendo as devidas condições.

 

Quando solicitar uma outorga para uso dos recursos hídricos?

Segundo o site da DAEE, depende de outorga:

– a execução de obras ou serviços que possam alterar o regime, a quantidade e a qualidade de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos;

– a execução de obras para extração de águas subterrâneas;

– a derivação de água do seu curso ou depósito, superficial ou subterrâneo, para fins de abastecimento urbano, industrial, agrícola e outros;

– o lançamento de efluentes nos corpos d’água, como esgotos e demais resíduos líquidos tratados, nos termos da legislação pertinente, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final.

 

Consciência ambiental e responsabilidade

A água é um bem essencial para a vida. Controlar e fiscalizar o seu uso é necessário para a manutenção do equilíbrio entre a distribuição, a capacidade de regeneração das fontes e a sustentabilidade, e essa administração cabe ao Poder Público através das Outorgas.

Fique sempre atento e em dia com as questões legais ambientais, evitando problemas e multas.

Para saber mais ou solicitar a “Outorga Eletrônica”, acesse: http://www.daee.sp.gov.br/site/outorga/