Entenda o que são Bens a Proteger e qual a importância deles no Gerenciamento de Áreas Contaminadas (GAC).
Poluição da Água: o que é, causas, fontes e tipos
A água é fundamental para todas as formas de vida. Por isso, entender as causas, tipos, consequências e soluções para a poluição da água é relevante para todos, mas principalmente para quem atua em áreas relacionadas às questões ambientais.
Imprescindível para a nossa sobrevivência, a água representa por volta de 70% da massa do corpo humano. Podemos sobreviver por até 50 dias sem nos alimentar, mas não é possível viver mais de 4 dias sem água potável.
E não é só isso. Ela é parte fundamental também para a produção de alimentos, de energia e de bens industriais de diversos tipos. Assim, temos que fazer de tudo para evitar e tratar a sua poluição, em todas as esferas da sociedade.
Poluição da Água: o que é?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), água contaminada/poluída é aquela que sofre alterações em sua composição até ficar inutilizável, não podendo ser bebida ou usada em atividades essenciais, ou seja, contaminada por elementos físicos, químicos e/ou biológicos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana.
Quais são as principais causas e fontes de Poluição da Água?
As causas da poluição podem estar relacionadas a fatores naturais, mas é muito mais comum ser oriundas de atividades humanas e de suas consequências, conforme abaixo.
– Lixos e efluentes de águas fecais
Águas residuais despejadas no mar e rios sem depurar.
– Atividades agrícolas, pecuárias e industriais
Os produtos químicos destes setores despejados de forma irregular são uma das principais causas da eutrofização da água.
– Desmatamento
O corte de árvores pode gerar resíduos orgânicos que servem de caldo de cultura para bactérias contaminantes e esgotar as fontes hídricas.
– Derramamento de combustível
Filtrações de petróleo e seus derivados durante transporte ou armazenamento podem chegar às fontes de água.
– Tráfego marítimo
A maior parte dos plásticos poluentes procedem de barcos pesqueiros, petroleiros e de transporte de mercadorias.
– Aquecimento global
O aumento da temperatura esquenta a água, provocando uma diminuição de seu nível de oxigênio.
As fontes humanas de poluição da água são separadas em duas categorias, dependendo da origem do poluente.
– Fontes pontuais
Individuais e facilmente identificadas, como um encanamento ou uma vala. Por exemplo, o lançamento dos poluentes de uma fábrica diretamente na água.
– Fontes não pontuais
Também chamadas de fontes difusas, não são relacionadas a um ponto de lançamento ou de geração específica, portanto o controle e a identificação são difíceis. Podemos dar como exemplo a infiltração de agrotóxicos no solo, o descarte incorreto de substâncias prejudiciais ao meio ambiente ou o descarte de lixo e o lançamento de esgoto diretamente nos córregos.
Quais são os tipos de Poluição da Água?
Podemos destacar quatro tipos de poluição da água, conforme abaixo.
– Poluição Química
A mais comum e conhecida. Pode ser acidental ou intencional. É a contaminação ambiental originada pelo despejo ou aplicação de produtos químicos em determinada área, que vão parar nos corpos hídricos. Duas das formas mais comuns de contaminação são os despejos de produtos químicos de indústrias em rios, lagos ou na rede de esgoto, sem o tratamento adequado, e a ocorrência de poluição na zona rural por uso de agrotóxicos (resultante de atividades agrícolas). Já os poluentes químicos mais comum são: fertilizantes agrícolas, agrotóxicos, esgoto de atividades domésticas e industriais, compostos orgânicos sintéticos, plásticos e metais pesados. A dificuldade, o tempo necessário e o custo de descontaminação são os maiores problemas com a poluição química.
– Poluição Sedimentar
Os sedimentos são o tipo de poluição mais comum nos corpos d’água. São formados pelo acúmulo de partículas em suspensão. Podem ser oriundos do solo pelo processo de erosão, desmatamento e extração de minérios, ou provenientes de produtos químicos insolúveis que adsorvem e concentram os poluentes biológicos e químicos.
– Poluição Biológica
Ocorre com a introdução de detritos orgânicos, que podem ser direcionados à água ou se infiltrarem nos solos, atingindo lençóis freáticos. Alguns exemplos são restos de alimentos, fezes humanas e detergentes. Com a alta concentração de nutrientes gerados pela degradação dos compostos orgânicos, ocorre a eutrofização (proliferação de algas que impedem a passagem da luz na superfície). Esses detritos também contém micro-organismos patogênicos, como bactérias, vírus e protozoários, provenientes principalmente dos resíduos humanos.
– Poluição Térmica
Provavelmente, a menos conhecida, pois não é visível e ocorre quando há variação de temperatura de um meio de suporte de algum ecossistema (como um rio, por exemplo), causando impacto direto nesse ecossistema, como a redução dos níveis de oxigênio na água.
Todo tipo de poluição requer planejamento, estudos e análises adequados, feitos por profissionais técnicos habilitados, para gerenciamento, remediação ou mitigação efetiva.
Por isso, uma gestão eficiente faz valer a máxima: prevenir é melhor do que remediar!
E, se precisar de um Responsável Técnico Habilitado, fale com a gente.
Fitorremediação – Técnica de Remediação Ambiental
Tratando-se de Remediação Ambiental, o que você conhece sobre a Fitorremediação?
A Fitorremediação é uma técnica de remediação ambiental que utiliza plantas ou enzimas derivadas da vegetação para isolar, transportar, degradar ou remover contaminantes presentes na água, no solo ou no ar.
Essa abordagem natural é empregada em áreas contaminadas por substâncias tóxicas e metais pesados, como chumbo, mercúrio e cádmio, além de hidrocarbonetos poliaromáticos, compostos organoclorados, compostos radioativos, solventes e outros.
Como funciona a Fitorremediação?
As plantas, por meio de suas raízes, absorvem os contaminantes e os transportam para suas partes aéreas. Em um processo chamado de “fitoextração”, as plantas concentram os contaminantes em suas folhas, caules ou raízes, removendo-os do solo ou da água.
A Fitorremediação é uma alternativa ecologicamente correta, reduzindo a necessidade de remover grandes quantidades de solo contaminado ou a utilização de produtos químicos agressivos. Ela é frequentemente aplicada em combinação com outras técnicas, ampliando sua eficácia.
Quais são as vantagens da Fitorremediação?
– Uso menor de equipamentos e de mão de obra, quando comparada a outras técnicas;
– Custo melhor em relação a outros métodos;
– Baixo impacto ambiental;
– Geração secundária menor de resíduos para o ar e para a água;
– Aumento do sequestro de gases de efeito estufa, com melhoria na qualidade do ar;
– Melhora a fertilidade do solo;
– Reduz carreamento de particulados e lixiviação de contaminantes (escoamento), processos erosivos e aumenta a infiltração e retenção local de água;
– Melhora esteticamente os ambientes, tornando positiva a percepção educacional e pública.
Essa técnica é a prova de como a natureza pode nos oferecer soluções poderosas para os problemas ambientais. As plantas, além de fornecerem inúmeros benefícios, como a produção de oxigênio e a absorção de CO², são verdadeiras aliadas na restauração e valorização de áreas degradadas.
Além disso, com a revitalização do ambiente, a Fitorremediação melhora também a qualidade do solo e da água!
Lembrando que a sua aplicação requer conhecimento especializado, já que nem todas as plantas são adequadas para a remediação de determinados contaminantes. Portanto é fundamental estudar as espécies mais apropriadas para cada caso e monitorar o progresso do processo.
Conte com a gente, da Weber Ambiental!
Biorremediação – Técnica de Remediação Ambiental
Seguindo nossa série sobre Remediação Ambiental, hoje falaremos sobre a Biorremediação.
A Biorremediação é uma técnica que utiliza microrganismos, como bactérias, fungos e enzimas, para degradar contaminantes presentes no solo, no ar e/ou na água. Essa abordagem natural é empregada em áreas contaminadas por substâncias orgânicas, como hidrocarbonetos, pesticidas e solventes industriais.
Ela é baseada na capacidade natural desses organismos de metabolizar e decompor compostos químicos. Ao potencializar a ação dos microrganismos, essa técnica acelera o processo natural de remoção dos contaminantes perigosos, possibilitando transformá-los em substâncias menos tóxicas e até mesmo em elementos totalmente inofensivos.
Essa técnica pode ser empregada em contaminações no solo, no ar e/ou na água, sendo uma alternativa mais sustentável e ecologicamente correta em comparação a técnicas mais invasivas, pois não causa danos adicionais ao ambiente e favorece a recuperação dessas áreas contaminadas, ajudando a restabelecer o equilíbrio ecológico em menos tempo.
Contudo, a efetividade da biorremediação dependerá de vários fatores, como os tipos de contaminantes, a presença de nutrientes adequados para esses microrganismos, as condições ambientais e a seleção correta de espécies vegetais ou cepas bacterianas.
Lembrando que a aplicação da biorremediação requer planejamento e supervisão por profissionais especializados, pois é necessário conhecer as características da contaminação e a adequabilidade dos microrganismos utilizados, além de monitorar o progresso da remediação.
Conte com a Weber Ambiental como Responsável Técnico Habilitado em seus projetos ambientais!
Bombeamento e Tratamento – Técnica de Remediação Ambiental
Quando é identificada a contaminação de uma área, é preciso agir para eliminá-la, ou mitigá-la. Para isso, há algumas técnicas de remediação. Hoje, falaremos sobre a Técnica de Bombeamento e Tratamento.
A técnica de remediação conhecida como ‘Bombeamento e Tratamento’ é utilizada quando há contaminação do solo ou da água subterrânea por substâncias nocivas, como produtos químicos ou resíduos industriais. Ela consiste na remoção dessas substâncias por meio de bombeamento e, em seguida, no tratamento adequado para eliminar ou mitigar a concentração dos poluentes.
O processo de bombeamento consiste em retirar a água subterrânea contaminada por meio de poços específicos, utilizando bombas apropriadas.
Após o bombeamento, a água contaminada é direcionada para um sistema de tratamento, que pode utilizar diferentes técnicas, como aeração, filtração, adsorção, oxidação química ou biológica, entre outras. O objetivo é eliminar ou reduzir a concentração dessas substâncias poluentes, tornando a água segura para descarte ou até reutilização.
O bombeamento e tratamento é uma das técnicas de remediação mais tradicionais, que contribui para a proteção dos recursos hídricos, evitando a contaminação de aquíferos, que os poluentes se espalhem e que haja danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Essa técnica é importantíssima para garantir a reabilitação de locais afetados, restaurando a qualidade do solo e da água subterrânea, garantindo a disponibilidade de água potável para as comunidades do entorno e o uso seguro da área em questão.
Vale lembrar, que cada caso é um caso, que deve ser avaliado por responsável técnico habilitado, como nós, da Weber Ambiental.
Se quiser saber mais sobre Técnicas de Remediação Ambiental, acesse também: https://www.weberambiental.com.br/publicacao.php?nome=quais-sao-as-principais-tecnicas-de-remediacao-ambiental
Quais são as principais Técnicas de Remediação Ambiental?
Áreas contaminadas, usadas como lixões, aterros sanitários, indústrias, postos de gasolina etc., podem causar riscos à saúde humana, ao meio ambiente e desvalorizar o terreno e os imóveis vizinhos. Nessas áreas aplica-se a remediação ambiental. Você sabe quais são as principais Técnicas de Remediação Ambiental?
Vale relembrar que a remediação ambiental visa diminuir ou eliminar a contaminação do local, seja em fase vapor, retida ou dissolvida, deixando os contaminantes a níveis aceitáveis à proteção da saúde e do meio ambiente, impedindo ou dificultando a disseminação dessas substâncias nocivas.
Algumas das principais tecnologias e abordagens utilizadas na remediação de áreas contaminadas são:
– Bombeamento e tratamento;
– Extração de vapores;
– Dessorção térmica (métodos intensivos de remediação termal, como o ERH e o TCH – inclusive temos um vídeo sobre essa técnica);
– Solidificação e estabilização;
– Oxidação e transformação química;
– Biorremediação;
– Fitorremediação.
A remediação de uma área envolve processos abrangentes, sendo necessário um diagnóstico detalhado do solo e/ou da água, de acordo com a escala do site, onde seja possível dimensionar o comportamento e a distribuição dos contaminantes no meio, assim como as melhores técnicas de descontaminação, que podem ser combinadas entre si.
Essas técnicas são soluções que possibilitam a recuperação da área de interesse de maneira prática e ágil, o que é extremamente vantajoso para o meio ambiente, para as pessoas e para o desenvolvimento sustentável dos negócios.
Se precisar de auxílio, conte com a gente como responsável técnico habilitado! Para mais informações, entre em contato conosco.
Os principais problemas ambientais da Indústria e as possíveis soluções
As atividades industriais necessitam de diversos cuidados operacionais, incluindo dentre eles os cuidados com o meio ambiente. Então, quais são os principais problemas ambientais das indústrias?
Podemos começar com a LICENÇA DE OPERAÇÃO. Apesar de ser lei, algumas empresas começam com uma operação pequena e, mesmo aumentando de tamanho, ainda precisam se adequar e colocar as licenças ambientais em dia!
Outro problema que tem certa frequência é o VAZAMENTO, que pode ser por acidentes, falhas operacionais, derrames, armazenagens incorretas de produtos químicos e descarte inadequado de resíduos e efluentes.
Isso pode gerar CONTAMINAÇÃO do solo superficial, subsolo, águas subterrâneas, rios, lagos etc.
Para investigar esses e outros problemas, há algumas SOLUÇÕES:
– Avaliação Preliminar;
– Investigação Confirmatória;
– Investigação Detalhada;
– Plano de Intervenção;
– Execução do Plano de Intervenção.
Agora que você já sabe o que pode ser feito, verifique como está a situação atual e procure se adequar!
Se tiver dúvida, entre em contato com a gente! Temos mais de 18 anos de experiência e podemos ser o Responsável Técnico Habilitado do seu empreendimento.
Veja nossos cases acessando: https://www.weberambiental.com.br/cases.php
Como consultar autuações e embargos ambientais?
Você, empreendedor, empresário, administrador de empresa ou tomador de decisões, precisa ter visão do todo e conhecimentos gerais para tomar DECISÕES assertivas para o negócio.
Em assuntos específicos, deve contar com consultoria e ESPECIALISTAS, mas, mesmo assim, ainda precisa saber se as obrigações estão sendo cumpridas em dia.
Esse é um cenário muito comum em relação à legislação ambiental. As empresas que não cumprem as normas ambientais podem enfrentar sérios problemas, incluindo multas, autuações e embargos.
Para evitar problemas com a legislação ambiental, é fundamental que esteja sempre atualizado e informado sobre as normas e regulamentos aplicáveis em sua área de atuação. Além disso, é importante consultar periodicamente o status da empresa em relação a autuações e embargos ambientais.
Vale ressaltar que a importância da conformidade ambiental não se limita apenas a evitar multas e sanções. Empresas que adotam boas práticas ambientais e demonstram comprometimento com a sustentabilidade podem ter vantagens competitivas, como uma imagem positiva perante o mercado e os consumidores, acesso a novos mercados, oportunidades de negócios e crédito facilitado, além de garantir a continuidade do negócio a longo prazo.
A melhor maneira é consultar a situação atual on-line, de forma segura e que economize tempo.
O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) oferece esse serviço, permitindo consultar autuações e embargos ambientais de forma rápida e fácil.
Para acessar o serviço, basta entrar no site e seguir as instruções para realizar a consulta: https://www.gov.br/ibama/pt-br/servicos/consultas/autuacoes-e-embargos
O que é a PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos)?
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é um importante instrumento no combate aos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos RESÍDUOS SÓLIDOS, a qual foi instituída pela Lei nº 12.305/10, em 2010.
Através dela é incentivado o consumo sustentável, o aumento da reciclagem e a reutilização dos resíduos sólidos (que pode ser reciclado ou reaproveitado), além da destinação ambientalmente adequada dos REJEITOS (lixo não reciclável ou reutilizável), tanto no setor público quanto no privado.
A PNRS se aplica a todos os setores da economia, desde a indústria até os serviços de saúde e a construção civil. Ela prevê que cada gerador de resíduos sólidos (seja uma empresa ou uma residência) deve ser responsável pela destinação final dos seus resíduos, de forma a evitar danos ao meio ambiente e à saúde pública.
Empresários e empreendedores devem estar cientes da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), estando alinhados ao objetivo principal dela: gerenciar os resíduos sólidos de forma adequada e sustentável.
Lembrando que, ao adotar boas práticas de gestão de resíduos sólidos, as empresas também podem gerar oportunidades de negócios e melhorar sua imagem e reputação perante à sociedade, aumentando sua competitividade no mercado.
Para saber mais sobre a lei, acesse: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm
Podcast Áreas Contaminadas – Episódio #134 com Paula Ramos
Para você que trabalha na área de gerenciamento de áreas contaminadas, temos a dica de um podcast especializado no assunto: ‘Podcast Áreas Contaminadas’.
No Episódio #134 a convidada especial é Paula Ramos, Engenheira Ambiental e Diretora Técnica aqui da Weber Ambiental, que bateu um papo com Marcos Tanaka Riyis sobre o crescimento e evolução do mercado de GAC e deu dicas sobre remediação por processos térmicos e gerenciamento de áreas contaminadas com metano, uma das suas especialidades (e da Weber Ambiental também).
Além disso, ela fala um pouco sobre carreira na área ambiental, pois ela mesma começou há cerca de 17 anos na Weber Ambiental como estagiária e hoje é a diretora técnica.
Como ela costuma dizer “Conhecimento é algo que quanto mais se compartilha, mais aumenta!”.
Então, ouça e compartilhe conhecimento também!
Disponível no Spotify e no YouTube da ECD Training.
– Spotify: https://open.spotify.com/episode/7xzOFPeKMKRLtiNIvNzNFG
– YouTube: https://youtu.be/hJ_83ExwbIE